segunda-feira, 30 de setembro de 2013

* Doce Herança *


“ Fazem-se rugas de sabedoria

Fazem-se marcas das histórias

O corpo já não é mais o mesmo

Os ossos já não são mais tão fortes, mas

O músculo mais importante ainda pulsa

O coração “




Esses dias me emocionei (o que não é difícil) ao ouvir uma mensagem do padre Fábio de Melo, a mensagem falava sobre a velhice e o amor, do descarte das pessoas quando elas não são tão úteis quanto na juventude e fiz uma analise de como são as minhas relações com os idosos no meu  dia-a-dia, quando me deparo com eles nas ruas e sobretudo com os idosos próximos a mim, avós, tias, tios e, como será a minha relação com os meus pais, como será a minha contribuição nesse momento tão importante na vida deles.  E confesso, bateu uma insegurança... Inquietamente fiquei a  me perguntar, como eu irei cuidá-los, como ampará-los na dor (se houver), e os os remédios, o carinho, a atenção, e como irei exercitar a paciência?
Essas e outras dúvidas sugiram, mas ao me emocionar com a mensagem do padre percebi que não devo me angustiar, pois o amor plantado por estes serão colhidos por mim em cada gesto e cada cuidado da forma mais natural possível. Ao longo da minha vida sempre soube dar e receber amor e vejo que essa tarefa não será árdua para mim, pois a mesma vida me ensinou que onde existe amor, nada faltará.
E eu irei sim “colocá-los e tirá-los no sol, todos os dias“... 
Sem mais, deixo disponível  o link ( http://www.youtube.com/watch?v=VGIuYIk-TtU ) com a mensagem lindíssima do Fábio de Melo, que me deixou sem palavras para concluir esse texto ...  

As crianças não são o futuro do país, o futuro de  um país são os nossos idosos! 
Vale a reflexão!!  

Íris Fabianna !!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Onde você guarda o seu preconceito?

Temos visto ultimamente muitas manifestações de preconceitos, muitas vezes praticados de uma forma tão intensa e até mesmo cruel, chegando a agressão.
Durante as últimas semanas presenciamos dois casos polêmicos de preconceito, o primeiro foi através de uma foto, até então inofensiva onde um atleta do futebol Emerson Shaike, jogador do Corinthians, beija um amigo em tom de brincadeira e é duramente criticado por alguns integrantes de torcidas organizadas que dizem em uma entrevista para o GloboEspote.com assim: Isso não é atitude de um jogador do Corinthians, e o mínimo que queremos é que ele faça um pedido formal de desculpas. Não somos homofóbicos, mas se ele quer fazer essas coisas que vá para outro clube. Aqui no Corinthians, não “. Ann?? Eu entendi direito? Nós não somos homofóbicos?? E essa atitude foi o que mesmo? As vezes tenho a impressão que o caso é mais sério do que imaginamos, as pessoas muitas vezes nem sabem que estão sendo preconceituosas, acham que estão agindo de forma correta. Entendo que o mundo vem mudando e que é muito mais difícil para a minha avó que tem 87 anos entender que nos dias atuais duas pessoas do mesmo sexo podem ter uma união estável, do que para jovens da mesma idade que eu, mas percebo que nós jovens estamos cada vez mais intolerantes, desrespeitosos e agressivos, ora hoje já existem mulheres jogando futebol de qualidade, bem melhores que muitos homens por ai, o futebol já deixou de ser um esporte masculino há muito tempo e o rapaz vai lá e diz “ aqui é lugar de homem “ HOMEM meu senhor ele nunca deixará de ser, mas ele poderá ter outra opção sexual ( o que não é o caso do jogador em questão ), e isso não implica em dizer que ele tenha mais ou menos capacidade profissional que outros jogadores.
Mas até ai tudo bem, suponhamos que são pessoas menos instruídas ( o que não justifica ), que não tiveram acesso as informações corretas e um acompanhamento social no que diz respeito a educação familiar, mas o que vocês me dizem de uma jornalista, formada, que teve acesso à educação, que lida com muitas informações diariamente, que deveria ser imparcial e até mesmo ponderar suas avaliações em redes socias, quando afirma que: “Me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas têm uma cara de empregada doméstica. Será que são médicas mesmo? Aff!!, que terrível. Médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõem a partir da aparência... coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E febre amarela? Deus proteja o nosso povo” ( Micheline Borges, Jornalista )
Ai eu me pergunto, o que leva uma mulher dessa a fazer uma afirmação tão preconceituosa a esse ponto? No tom que foi usado, até parece que foi um grande desabafo, composto por muito ódio e nenhuma inocência. Senti-me envergonhada, além de decepcionada com o ser humano.
A repercussão dos dois casos foi enorme, muitas comentários sobre os mesmos foram expostos nas redes socias e em outros veículos de comunicação, mas creio que deveríamos fazer uma auto-avaliação a partir desta pergunta: Onde guardamos o nosso preconceito? Talvez piadas contadas em ambientes amistosos entre amigos, talvez no subconsciente, disfarçado de uma falsa aceitação às minorias, não sei, o que sei é que eles estão dentro de nós, e são adquiridos muitos cedo, lá na infância, a partir da percepção do que é belo e feio, a partir do contato com a sociedade e de qual forma deveremos nos posicionar dentro dela a ai é que vamos acentuando ou não esses preconceitos.
A verdade é que vivemos a todo o tempo renegando uns aos outros seja pela classe social, pela cor da pele, por região, por religião, por sexo. As pessoas precisam acolher, e não “ aceitar “ , porque aceitar não nos torna menos preconceituosos,  simplesmente nos deixa altruístas no sentido de nos julgarmos mais a frente e abertos as diferenças. Não é isso que queremos! Queremos andar lado a lado, queremos a união das pessoas, livres de diferenças impostas por nós mesmos separando-nos cada vez mais. Mas será que é isso que queremos mesmo? Será que estou preparada para quebrar dentro de mim todos os preconceitos que descobri ao fazer essa auto-análise? Acho que não! E peço-lhes desculpas, pois descobri que também sou preconceituosa, e lhes digo mais, estou com vergonha de mim, pobre mortal que faz parte de uma minoria e mesmo assim não consegue se livrar dos fantasmas do preconceito.
Meu primeiro passo foi dado, já reconheci os meus preconceitos, agora tento livrar-me deles. E você já se perguntou onde você guarda o seu preconceito?


Íris Fabianna !!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

* A Lágrima Não é Só De Quem Chora *

No mês em que a Lei Maria da Penha completa seu 7º ano de existência ainda presenciamos vários casos de violência contra as mulheres no Brasil.
O que chama atenção é a forma passional como essas violências acontecem, são crimes que têm como autores pessoas pelas quais as vítimas depositam todo o seu amor e confiança. É importante percebermos que existem sinais simples que expressam em nossos companheiros a predisposição para a violência e um dos sinais mais graves é o machismo, pois ao meu ver dentro de todo machista existe um ser obsessivo, desrespeitoso e agressivo. A forma como o machista toma posse da mulher quando a julga ser de sua propriedade já o torna perigoso e nós mulheres precisamos perceber alguns destes comportamentos.
Quando amamos o outro esperamos a reciprocidade de tal afeto e não a submissão, a falta de respeito, que é o acontece na maioria dos relacionamentos tornando as relações cada vez mais agressivas e violentas.

A Lei Maria da Penha teve e tem um papel fundamental durante esses 7 anos, pois ela cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres, além de prevenir, punir e erradicar a violência contra a Mulher.  Mas, mesmo com todos os avanços desta lei não consigo comemorar o seu aniversário, pois entendo que o foco não está em remediar e sim prevenir, precisamos tanto da sociedade quanto do poder público entender que a educação não sexista precisa ser absorvida por nós e colocada em prática na educação dos nossos meninos e meninas  tornando-os homens menos machistas e mulheres mais independentes, autônomas, donas das suas próprias vidas. 
Por fim lamento a morte da funcionária da UFS Danielle Santos, mais uma entre as inúmeras mulheres que morrem todos os dias vítimas de homens que não aprenderam e nunca aprenderão o significado do verdadeiro amor.

Íris Fabianna 

terça-feira, 9 de julho de 2013

* A fã nº 1 *

Digo com clareza que não existe palavra em dicionário nenhum do mundo que possa explicar a forma como o meu corpo se arrepia todo com essa banda ( O Teatro Mágico )...
 É uma expressão incontrolável do meu corpo dizendo que absorve cada palavra, cada poesia e cada música de forma a transformar uma simples canção em um estado vital para a minha existência poética ... 
A poesia realmente prevalece-me, enaltece-me, enlouquece-me e embriaga-me da felicidade de poder fazer parte ( mesmo que de longe ) de tudo isso, porque sei que o amor que é transmitido pelas músicas de vocês, através das lindas poesias, sempre bem compostas, transpõem por mim e vai em direção aos que me rodeiam, pois todos que tiveram ou terão a oportunidade de conviver comigo escutarão as músicas do OTM, se não por curiosidade, então por osmose de tanto que as ouço. 
 Enfim lamento profundamente que a distância tenha me impossibilitado de estar nesse lindo momento, mas ao mesmo tempo me sinto contemplada ao ouvir as vozes daqueles que como eu, amam O TEATRO MÁGICO ... E repito: " Para além de quando eu respirar vou me lembrar de vocês " .

Ps: Texto publicado no face na semana do lançamento do DVD Recombinando Atos ... Achei legal colocar aqui !

Íris Fabianna  

* FIM *



“ Nossos sonhos se perdeu no fio da vida , e eu vou embora sem mais feridas, sem despedidas, eu quero ver o mar ... “


                                             Vanessa da Mata







Bebi até o último gole
Fumei até o último trago
Dancei até o último passo
Cantei a última música
O último sorriso sincero deixei com você

Sonhei várias verdades, mas
Só as mentiras foram ditas
Soube esconder lágrimas em canções
Atingi o ápice da solidão na sua companhia

Lembranças do que poderia ser
Ainda é, mas não mais será
Não seremos um só
Não serei só sua
Não sou mais eu mesma

Deixo aqui o meu último rabisco
As minhas últimas palavras
As minhas últimas lágrimas
E o restinho de tinta da caneta velha
Que assim como eu secou
Do tanto que escreveu tentando ser útil para alguém

Íris Fabianna

sexta-feira, 14 de junho de 2013

*Nas entrelinhas *


“ Dos gritos que ouvistes
Nada pôde ser pequeno
A bandeira que te cobria
Me coloria de alegria
O sorriso desajeitado
Desajeitou a minha vida
E hoje arrependida

Já confessei que te queria ... “




Um poema, uma história, várias lembranças ... Não. Não sou a mesma depois do CONUNE, há transformações em mim tão intensas quanto visíveis, agora “eu sinto que sou um tanto bem maior...” Presenciei durante cinco dias jovens lutando por um Brasil melhor, vi naquele cenário pessoas diferentes sendo iguais, e deixei lá o meu punhadinho de areia para ajudar a  construir um novo país. A juventude estava presente, feliz, entusiasmada, ansiosa, cheia de sabedoria de dar inveja aos mais conceituados dinossauros brasileiros.
O meu corpo respondeu várias vezes as manifestações com a sensibilidade que lhe é peculiar... Não existiu vandalismo, não existiu tragédia, pudemos ver a existência do AMOR, amor pelo país, amor pelos ideais, amor pelas pessoas, amor entre as pessoas ( para não dizer que não falei das rosas ). E continuo eu cá me jogando de cabeça na vida, mas, dessa vez pensando no coletivo, pensando em um Brasil Para Todos !!!

Íris Fabianna !!

quinta-feira, 7 de março de 2013

* Tênue *


 “O Relacionamento nada mais é que a ligação afetiva, profissional ou de amizade entre pessoas que se unem com os mesmos objetivos e interesses. Todo tipo de relacionamento envolve convivência, comunicação e atitudes que devem ser recíprocas. Um bom relacionamento se desenvolve quando há confiança, empatia, respeito e harmonia entre as pessoas envolvidas”.
Em um relacionamento afetivo a única coisa que deve servir de base é o gostar, o querer estar juntos, o amor compartilhado, e nada mais. As pessoas tendem a sofrer nos relacionamentos justamente por não priorizarem estes princípios básicos e, acabam se apegando a conceitos e rotulações. O amor a meu ver é o mais importante dentro de todo esse contexto. O que importa se a outra parte é feia, bonita, alto, baixo, rico, pobre? O que devemos nos preocupar de verdade é com a forma em que somos tratados pelo outro, o quão maravilhosa é a sua companhia, e devemos deixar de lado o mundo exterior que sempre nos cobram um modelo engessado de relacionamento. O que o munda lá fora precisa saber é que estamos vivos e só, e o que nós precisamos saber é que estamos completos de amor próprio e que o amor do outro, só deve servir apenas para transbordar em nós aqueles que já temos. Não precisamos gritar para os 4 ventos o quanto estamos felizes, a felicidade não consegue se esconder, as pessoas perceberão, devemos apenas senti-la e transformá-la em atitudes boas para com o próximo, porque pessoas felizes tem o papel de disseminar tal alegria. Acordem !! Nem todo casamento é feliz, nem todos os namorados mandam flores, nem todos os noivos casarão... Relacionamento para existir independe de status nas redes sociais e de papeis assinados e aprovados por religiões que se quer sabem o principio de um bom relacionamento. E tenho dito, o respeito está para o amor, assim como a discrição está para o relacionamento.
By: Íris Fabianna !!



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

* Acabou o Recreio *


“Dessa vez não vi o Adeus da mamãe ao se despedir de mim depois que o portão fechou. Nenhuma tia correu para dar-me as boas vindas, nem tão pouco apresentar-me os meus novos colegas, não tive tempo sequer  de arrumar a lancheira ”...


 Aquela estrutura arquitetônica que parecia engolir-me, causou-me medo.  Sentir-me ainda menor... As pessoas corriam afoitas e ansiosas, o zum zum zum era geral ! Tentei esconder a ansiedade, mas as palavras traiam-me a todo momento.
Loucura? Ainda não sei. O que sei é que estou construindo a minha riqueza, estou andando com minhas próprias pernas, estou reescrevendo a minha história... A história tinha que ser reescrita neste exato momento, pois é agora que ela reúne os elementos necessários para a construção de um belo livro. Tenho a certeza que a cada dia que passar uma vitória será alcançada, pois, encaro tudo como um desafio!
O medo ainda está em mim, mas, é ele que alimenta a minha vontade de vencer!
Que venha o ano letivo 2013!

Por Íris Fabianna